quinta-feira, 26 de junho de 2008

Bob Dylan para presidente!


Me digas o que tu escutas e eu te direi quem és.
A Rolling Stone dos EUA, publicou uma entrevista com os dois candidatos a presidência da republica, Barack Obama e John McCain, para saber suas preferências musicais.
Enquanto o primeiro disse gostar bastante de Bob Dylan e ter uma afeição muito grande pela música "Maggie's Farm", McCain afirmou ser fã de Usher, tendo o conhecido através de sua filha, presença constante em sua campanha eleitoral.

Eu entendi a jogada de marketing do McCain...
Não estou dizendo que sou pró-Obama, mas, também estou longe de achar uma pessoa que tem em Usher o ápice musical apta a controlar a (infelizmente) potencia-mãe do globo.

Aposto que o Bush tem um pôster da Christina Aguilera em sua quarto-branco (entenderam a referencia à Casa Branca?) , e que ficou louco para adquirir o novo CD da Britney... Ou não, vai ver ele prefere mesmo uma música regional, tipo israelita.



A casa em Isla Negra

Achei, por bem, fazer um texto sobre o Neruda.

Eu amo livros, acho a melhor coisa do mundo ler, mas, confesso: leio muito menos do que gostaria de poder. O porque é um assunto para outro dia, por hora, vamos nos ater ao Sr. Pablo Neruda, ou Neftalí Ricardo Reyes Basoalto, como sua mãe o batizou.

O conheci através de minha mãe, que, afinal, não tão baka assim como já havia dito, e ama de paixão as poesias de Neruda.

Depois de ler tudo o que ela mais amava do autor, meu caso com Neruda foi se estender somente quando o vi retratado passageiramente num livro reportagem do Sr. Gabriel García Marques, A aventura de Miguel Littín Clandestino no Chile.
A reportagem é ótima, a peripécia do documentarista Littín também, mas, o que ganhou meu coração no livro foi o momento em que o escritor conta sobre a casa endeusada de Neruda.
A casa, em Isla Negra, era um refúgio de Neruda, que virou uma espécie de santuário depois que ele morreu. Nela, conta no livro, Neruda juntava um pouco de tudo que mais amava... A descrição é linda, sublime, não há como explicar. A sensação que tive foi de estar dentro do casebre, sentindo o cheiro do mar, vendo cada um dos objetos excêntricos do poeta. Foi nesse momento que eu me apaixonei por ele.
Só depois vim saber ao certo sua importância.
Ele foi político, ele foi do povo, ele estava do lado de Salvador Allende, ele foi um apaixonado. Pela Espanha, pelo seu povo, pela sua amante...


Um poema de Neruda

La Canción Desesperada

Emerge tu recuerdo de la noche en que estoy.
El río anuda al mar su lamento obstinado.

Abandonado como los muelles en el alba.
Es la hora de partir, oh abandonado!

Sobre mi corazón llueven frías corolas.
Oh sentina de escombros, feroz cueva de náufragos!

En ti se acumularon las guerras y los vuelos.
De ti alzaron las alas los pájaros del canto.

Todo te lo tragaste, como la lejanía.
Como el mar, como el tiempo. Todo en ti fue naufragio!

Era la alegre hora del asalto y el beso.
La hora del estupor que ardía como un faro.

Ansiedad de piloto, furia de buzo ciego,
turbia embriaguez de amor, todo en ti fue naufragio!

En la infancia de niebla mi alma alada y herida.
Descubridor perdido, todo en ti fue naufragio!

Te ceñiste al dolor, te agarraste al deseo.
Te tumbó la tristeza, todo en ti fue naufragio!

Hice retroceder la muralla de sombra,
anduve más allá del deseo y del acto.

Oh carne, carne mía, mujer que amé y perdí,
a ti en esta hora húmeda, evoco y hago canto.

Como un vaso albergaste la infinita ternura,
y el infinito olvido te trizó como a un vaso.

Era la negra, negra soledad de las islas,
y allí, mujer de amor, me acogieron tus brazos.

Era la sed y el hambre, y tú fuiste la fruta.
Era el duelo y las ruinas, y tú fuiste el milagro.

Ah mujer, no sé cómo pudiste contenerme
en la tierra de tu alma, y en la cruz de tus brazos!

Mi deseo de ti fue el más terrible y corto,
el más revuelto y ebrio, el más tirante y ávido.

Cementerio de besos, aún hay fuego en tus tumbas,
aún los racimos arden picoteados de pájaros.

Oh la boca mordida, oh los besados miembros,
oh los hambrientos dientes, oh los cuerpos trenzados.

Oh la cópula loca de esperanza y esfuerzo
en que nos anudamos y nos desesperamos.

Y la ternura, leve como el agua y la harina.
Y la palabra apenas comenzada en los labios.

Ese fue mi destino y en él viajó mi anhelo,
y en él cayó mi anhelo, todo en ti fue naufragio!

Oh, sentina de escombros, en ti todo caía,
qué dolor no exprimiste, qué olas no te ahogaron!

De tumbo en tumbo aún llameaste y cantaste.
De pie como un marino en la proa de un barco.

Aún floreciste en cantos, aún rompiste en corrientes.
Oh sentina de escombros, pozo abierto y amargo.

Pálido buzo ciego, desventurado hondero,
descubridor perdido, todo en ti fue naufragio!

Es la hora de partir, la dura y fría hora
que la noche sujeta a todo horario.

El cinturón ruidoso del mar ciñe la costa.
Surgen frías estrellas, emigran negros pájaros.

Abandonado como los muelles en el alba.
Sólo la sombra trémula se retuerce en mis manos.

Ah más allá de todo. Ah más allá de todo.

Es la hora de partir. Oh abandonado!


Leitura de banheiro não!

Bem, é sempre quando você está completamente ocupado, ou deveria estar fazendo qualquer coisa de completamente diferente da atual, que as melhores pérolas da internet aparecem na sua frente. Bem, eu deveria estar trabalhando com achei isso.
Eu amo a Globo, amo principalmente o fato do site da Globo ter uma seção reservada a noticias bizarras, e é sempre esta a primeira que eu olho, mas, o fato em questão não estava exposto na seção de bizarrices... Não não... Eles classificaram isso como LITERATURA... Sim sim.
Trata-se da obra de caras chatos, tipo Pablo Neruda (não, eu não o acho chato, isso é uma ironia) e uns outros mais ou menos, tipo Carlos Drumond de Andrade (outra ironia gente...), impressas em PAPEL HIGIÊNICO! Sim meus caros, papel higiênico, aquele papel imprescindível a qualquer um de nós.

Tudo começou quando um grupo de teatro na Espanha fez uma peça de teatro na qual um empresário queria tornar o mundo um pouco mais culto e assim resolveu imprimir poesias no papel higiênico...

Para mim a critica na história da peça está mais do que explicita, oras, só indo ao banheiro para se ter cultura, mas, o caso é que teve gente que levou a parada a sério.

Sim sim, meus caros, realmente existem pessoas imprimindo literatura em papel higiênico.

Quando eu li pensei logo em um artigo de arte, mas, não não, ao que tudo indica as pessoas realmente limpam a bunda com os poemas do Neruda!

Amigos, esta foi demais para mim.

Na nota do site tem até o videozinho do JN sobre o caso. Como eu vi isso aqui no computer do emprego (emprego, não trabalho), não pude ver com som, apenas tentei fazer leitura labial, mas, quando vocês assistirem, me contem o que que o Bonner bonitão falou sobre o caso.


Esta é só uma imagem, não é um link para o vídeo, porque, bem... Porque eu não sei fazer isso...

Todo começo é difícil




Todo começo é difícil

Então eu pensei, como devo começar?

- Oras, pelo começo. – foi a resposta que saiu aqui de dentro.
Então para um começo, nada mais justo do que eu me apresentar, afinal, se você teve a sorte de cair aqui deve estar se perguntando, mas, que raios é isto, ó pá?!

Veja só, primeiro eu não sou raio, nem trovão. Se fosse para ser um elemento da natureza acho que seria a neblina, ou não, porque, afinal, conspicuidade não é o meu forte, não é Nazim?

Tenho uma grande admiração por Iansã, sim sim, mas, eu ainda sou mais Oxum.
Entre o dia e a noite, eu queria conseguir ficar acordada 24 horas, sem dormir, nem cochilar, e aí aproveitaria os dois!

Entre o sol e a lua, eu não iria para nenhum dos dois (talvez Saturno, pois, anéis são chiques), mas, os dois me encantam!

E o resto é resto, quer dizer, não assim com esse pouco caso, mas, são tantas coisas, tantos fatos e constatações que assim, de supetão, é difícil de dizer.

Acho que essa bakisse toda tem a ver com a genética. Não que meus pais sejam bakas, mas, eles também tem das suas.

O jeito baka de ser é um estilo de vida. Isso é uma constatação. Muitas pessoas são bakas e nem sabem que o são, como o meu namorado (oh vocês ainda lerão muito sobre este famigerado namorado...) que nasceu baka, morrerá baka, mas, até me conhecer, não sabia que isso sintetizava um modo de ser dele (ele ficou feliz por ter um modo de ser!)

Eu tenho um gato e uma gata, os dois também são bakas, mas, em graus diferentes. O Pierre Maurisse de Nirroir (meu Deus, que espécie de baka dá um nome desse a um felino de rua?) é do tipo baka paradão. Faz umas coisas inimagináveis, como dormir dentro da pia cheia de água. Sim sim, foi uma maldade que fizeram com ele, mas, ele é tão baka que nem notou!

Já a Tatau (oh, e para compensar o mega baka nome anterior me saio com uma ‘Tatau’, de ‘Catatau’, simples assim) é do tipo reacionária, que é tão baka, que simplesmente passa minutos a fio pendurada nas cortinas lá de casa, só se balançando...

Bakisses que não acabam mais.

Mas, eu não sou só uma simples baka, tem mais do que atormento mental por baixo da minha linda cabeleira loira. Eu também sou uma gaja, e uma das que tem estilo. Um estilo meio misturado, meio contraditório, no meio de um paradoxo... Mas, perguntem a Natália, ela adora falar sobre isso.

O que eu dizia mesmo?
Acho que para uma apresentação eu já falei demais, mas, muito prazer, Mariana.